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sábado, 21 de janeiro de 2012

Lobisomens e Palestino Voador!

   A algum tempo atrás participei de uma discussão no blog do Pr. Márcio (http://www.marciodesouza.com/), num tópico sobre a existência de Lobisomens (!!??), em que um anônimo postou o seguinte "resumo" sobre o que viria a ser o cristianismo:

  "Cristianismo: Um palestino voador se matou pra nos salvar dele mesmo, tudo porque uma mulher costela comeu uma maçã mágica oferecida por uma cobra falante."

    É claro que pouco pude fazer para controlar meu riso logo após ler tal afirmação mas o fato é que, apesar do seu deboche e ironia, ela é simplesmente fantástica e denuncia um ponto pouco considerado pelos cristão: a sua visão etnocêntrica em relação ao mundo e demais formas de o compreender.

    O sistema religioso cristão está organizado a partir da crença autêntica em diversos presupostos, ou dogmas, apresentados arbitráriamente como verdades soberanas, desconsiderando qualquer desenvolvimento lógico e racional mais profundo que o justifique (quando observados principalmente sobre outros sistemas filosóficos, talvez até mesmo o platônico), onde a crença na veracidade de tal sistema torna-se mais importante do que o próprio discurso defendido. Isso quer dizer que, para um cristão, faz muito mais sentido acreditar num "palestino voador [que] se matou pra nos salvar dele mesmo, tudo porque uma mulher costela comeu uma maçã mágica oferecida por uma cobra falante" do que acreditar na existência de um ente que hora pode ser homem, hora um lobo, ou que o Olimpo tenha existido e sido regido por Zeus.

 Provavelmente o grande trunfo do cristianismo é o de divulgar-se como uma verdade inquestionável e passível de condenação eterna aos que se atreverem a questioná-la, e associar todos os seus pontos conflitantes e antagônicos aos mistérios da criação divina, justificando-se à partir da incapacidade intelectual do homem do compreender a totalidade da criação.


"Werewolves and flying palestinians!"

A while ago I attended a discussion on the blog of Pastor Marcio (http://www.marciodesouza.com/), in a topic about the existence of Werewolves (!?), In which an anonymous posted the following "summary" on what would Christianity may be:

"Christianity: A flying Palestinian that died to save us from himself, all because a rib woman ate a magic apple offered by a talking snake."

Of course I could do little to control my laughter after reading such statement but the fact is that, despite their mockery and irony, it is simply fantastic and denounces a point overlooked by Christians: their ethnocentric view about the world and other ways of understanding it.

The Christian's religious system is organized from the genuine belief in several presuppositions, or dogmas, arbitrarily presented as sovereign truths, disregarding any deeper logical or rational development that justifies it (especially when viewed over other philosophical systems, perhaps even the platonic), where the belief in the veracity of such a system becomes more important than the speech defended itself. This means that, for a Christian, it makes much more sense to believe in a "flying Palestinian [whom] was killed to save us from himself, all because a rib woman ate a magic apple offered by a talking snake" than believing in the existence of an entity that can sometime be a man  and sometime be a wolf, or that Olympus has existed and ruled by Zeus.

Probably the greatest asset of Christianity is to disclose itself as an unquestionable truth and liable to eternal damnation those who dare to question it, and to associate all its conflictuous and antagonistic points to the mysteries of divine creation, justifying itself by the inability of mans intellectual grasp of the whole of creation.

Um comentário:

  1. Muito bom primo... como disse há uns dias atras em um comentário, o simples fato de se mostrar inquestionável, já é prova contra, pelo menos ao meu ver. Escrevi estes dias no meu blog: "As portas da mente e do inferno são ligadas por uma corrente indivisível, quando uma das portas se abre, automaticamente a outra se fecha, sendo assim, calar a mente por medo do fogo eterno não se mostra uma opção inteligente."

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